Android invade seu celular.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sistema operacional do Google para smartphones já supera o iPhone mundialmente, em uma estratégia semelhante à que a Microsoft usou para popularizar o Windows no computador


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O símbolo do aparelho de Marcelo Marzola, diretor-geral da empresa de internet Predicta, é um simpático robozinho verde que roda o sistema operacional para smartphones Android, do Google. “Ele é muito eficiente”, diz o executivo. “Não sinto saudades do meu iPhone.”

Como Marzola, milhões de consumidores ao redor do mundo estão comprando celulares inteligentes com a plataforma do Google. Pesquisa da consultoria americana Gartner mostrou que ele já é o terceiro sistema operacional mais usado globalmente, com 17,2% de participação de mercado no segundo trimestre de 2010.
Há um ano, tinha apenas 1,7% (confira gráfico abaixo). No mercado norte-americano, ele desbancou o iOS, que roda no iPhone, e o Research in Motion (RIM), programa da empresa que fabrica o BlackBerry, alcançando a primeira posição.
O que explica a rápida ascensão do sistema operacional do Google, que tem pouco menos de dois anos de vida? “Ele é a única plataforma que está provendo uma alternativa atraente ao iPhone”, afirmou à DINHEIRO Rob Enderle, analista da consultoria americana Enderle Group.
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Mas não é só. Enquanto Apple e RIM desenvolveram softwares que rodam exclusivamente em seus celulares, o Google optou por uma estratégia agnóstica. Com isso, é possível encontrar o Android em uma grande variedade de fabricantes de celulares, desde as coreanas Samsung e LG, até a americana Motorola, a nipo-sueca Sony Ericsson e a taiwanesa HTC.
A estratégia é semelhante à da Microsoft na área de computadores. O Windows equipava a maioria dos PCs produzidos no mundo na década de 90. O sistema da Apple só rodava em seus equipamentos. O vencedor desta disputa foi a empresa de Bill Gates.
O Android também está disponível para venda em várias empresas de telefonia, que estão ativando mais de 160 mil aparelhos com Android por dia. “O consumidor também tem a disposição celulares em diversas faixas de preços, desde smartphones topo de linha até equipamentos mais baratos”, diz Marcus Daniel, diretor da divisão de celulares da LG.
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Mas os consumidores não compram um smartphone em razão do sistema operacional. O grande atrativo para usar estes celulares são os aplicativos. E, mais uma vez, o Android é o único aparelho a fazer frente ao iPhone.
A Apple diz que existem mais de 250 mil programas desenvolvidos para rodar em seu smartphone. O sistema do Google já conta com 90 mil. Em 2009, a loja de aplicativos da Apple foi responsável pelo download de 67% de todas as aplicações para celulares inteligentes do mundo, de acordo a consultoria inglesa Ovum. Em 2015, terá uma fatia de apenas 22%. O Android, no mesmo período, vai saltar de 14% para 26%, mais uma vez à frente do celular da empresa de Steve Jobs.
Apesar de ser um sucesso em vendas, o Google não ganha dinheiro diretamente com o Android. Essa é uma das desvantagens de não vender de forma integrada o aparelho e o software, como fazem Apple e RIM. No ano passado, o iPhone gerou US$ 15 bilhões, um terço do faturamento da Apple.
O Google até tentou enveredar por esse caminho, quando lançou o Nexus One, seu equipamento com Android, em janeiro deste ano. Mas as vendas desapontaram e ele desistiu do negócio em julho. “A estratégia do Google é estender o domínio que tem nas buscas no desktop para os seus serviços no celular”, afirmou à DINHEIRO Jan Dawson, analista de telecomunicações da consultoria Ovum.
“Dessa forma, ele pode oferecer publicidade ao redor desses serviços.” Marcelo Marzola, que trocou o seu iPhone por um celular com Android, comprovou essa integração. “Tudo funciona com os serviços de Google de forma simples e integrada”, diz.
A caçada ao Android vai se intensificar neste segundo semestre de 2010. A RIM lançou o BlackBerry Torch, nos EUA, com o seu novo sistema operacional. A Nokia também promete para setembro o N8, smartphone equipado com versão 3 do Symbian. O Windows Phone 7, que chega ainda em 2010, é a tentativa da Microsoft de revitalizar sua divisão de celulares e ganhar algum protagonismo na área móvel, como tem na área de PCs. Mas o Windows para celulares, até agora, tem o nome de Android.

Fonte: Isto é dinheiro.

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